António Madeira Vinhas Velhas Tinto 2021

O Vinhas Velhas Tinto 2021 provém de diferentes parcelas de castas misturadas, 75% das quais Baga, Jaen e Tinta Amarela e as restantes cerca de 20 castas velhas, algumas quase perdidas, Marufo, Tinta Pinheira, Negro Mouro, Tinta Carvalha, Bastardo, Alfrocheiro, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e muitas outras. A fermentação foi inspirada em Henri Jayer, uma imersão a frio e uma vinificação suave, a que chama infusão. Estagiou em barricas de carvalho de 225, 400, 500 e 600 litros durante 18 meses. Tem 13,5% de álcool, um pH de 3,69 e 6,01 gramas de acidez. Madeira disse-me que a procura é “um vinho com sabores intensos, profundos, minerais, frescos e com salinidade salivante, um vinho para a mesa”. Em 2021, os vinhos têm menos álcool e, de alguma forma, este vinho sente-se um pouco mais marcado pelo carvalho, apesar de este ter sido todo utilizado. Tem taninos finos e boa frescura, sabores muito saborosos e um fio fino. 7.000 garrafas produzidas. Foi engarrafado em agosto de 2023.

Dez pequenas parcelas, field blends de vinhas velhas (50-100 anos) em solos graníticos, cultivadas biodinamicamente, todas vinificadas separadamente, ao estilo da Borgonha, e misturadas após o envelhecimento. Estes são os tintos colhidos do field blend (são 60-70% da vinha), tipicamente Baga, Jaen e Tinta Amarela dominam. Fermentado em lagar e envelhecido 18 meses, parcela a parcela, em carvalho francês e austríaco usado, maioritariamente de 500 ou 600 litros.

Cor carmesim profunda. Gloriosamente aromático, com frutos vermelhos puros e não doces. Belos taninos: finos sem serem leves, suaves sem serem anódinos. Como muitas camadas de seda. Fresco, jovem, com uma intensidade subtil e uma grande harmonia e comprimento. Refinado, puro e com o carácter do Dão a brilhar através do fruto das vinhas velhas.