Robert Parker

Robert McDowell Parker Jr. Nasceu em 23 de julho de 1947 em Baltimore, Maryland.

Filho de um vendedor de equipamento de construção, formou-se em história na Universidade de Maryland, mas não satisfeito formou-se também em direito na Universidade de Direito de Maryland em 1973.

Ainda antes de ter terminado o seu curso de direito, visita em 1967 a Alsacia (França), para visitar a sua amiga Patricia (que viria a se tornar sua esposa Patricia Parker). É nesta visita a França que descobre a sua paixão pelo vinho que em breve se viria a tornar a sua obsessão.

Apesar de ter trabalhado a partir de 1973 como advogado por mais de 10 anos para o Banco de Baltimore “Farm Credit”, no início dos anos 70 já pensava em escrever o seu guia de vinhos. Foi em 1978 que começou a publicar o seu Guia o “The Baltimore-Washington Wine Advocate”

A Ética como fator decisivo

Um dos fatores que lhe levou a criar a sua publicação foi quando Parker reconheceu que muito do que era escrito sobre vinho naquela altura era condicionado por “agendas financeiras” de quem escrevia sobre vinho naquela altura.

Robert Parker queria criar uma publicação independente de financiamento de produtores e comerciantes e que fosse financiada a 100% pelos subscritores que a leem. A Wine Advocate afirma que se mantém assim até aos dias de hoje.

Robert Parker e a Wine Advocate: A importância do Vintage 1982

Foi em 1979 que a revista de Robert Parker passou a chamar-se apenas “The Wine Advocate”. Mas foi já em 1983 que aquando da crítica do vintage de Bordeaux de 1982 que a sua reputação cresceu decisivamente. Este critico, ao contrário de outros críticos reputados da Altura, aquando da prova dos vinhos em Barril, afirmou que este seria um grande vintage e que teria uma grande capacidade de evolução em Garrafa. Quando foi reconhecido que Parker tinha razão sobre o vintage a sua reputação subiu em flecha e o número de subscritores também. Foi isso que lhe permitiu a partir de 1984 deixar a advocacia e dedicar-se em exclusivo ao vinho.

A Transformação da Wine Advocate para o que é hoje

Foi já em 2012 que a Maioria das ações da Wine Advocate foi vendida a um grupo de investimento de Singapura. Nesta altura profundas mudanças foram feitas. Passou a ser exclusivamente digital, Robert Parker deixou de ser o Editor Chefe para passar a ser Lisa-Perroti-Brown, e foi aberto um segundo escritório em Singapura.

Foi em 2019 que aos 71 Anos, Robert Parker se reformou com a venda da totalidade das ações ao Grupo do Guia Michelin.

Hoje em Dia a Revista Chama-se Robert Parker Wine Advocate ou então apenas Robert Parker. Quando se fala hoje que Robert Parker atribuiu determinada pontuação, não se refere já ao crítico, mas sim a esta publicação.

Como a Robert Parker Wine Advocate Prova os vinhos

A Maioria das provas de vinho são conduzidas numa sala profissional, com a temperatura da sala e da garrafa, luz, tipo de copo e ambiente ausente de odores. As provas são conduzidas de forma NÃO CEGA, mas em comparação com outros vinhos da mesma região, da mesma casta ou do mesmo ano.
A exceção a este tipo de provas, são as provas efetuadas anualmente pelos críticos da equipa na sua visita a produtores das maiores regiões, de forma a garantir um conhecimento mais profundo sobre a mesma e sobre o que se passou nessa vindima.

A Razão pela qual as provas não são cegas (segundo a Wine Advocate) é para conseguir cruzar o conhecimento que já se tem de cada um dos produtores e vinhos e ser mais preciso no que diz respeito à evolução do vinho em garrafa.

Robert Parker a Escala de 100 pontos e a sua interpretação.

Uma das razões do crescimento da influência de Robert Parker foi também a sua utilização/criação da escala de 100 pontos. Inspirada nas notas do sistema de ensino Norte Americano, a escala varia de 50 a 100 pontos, dependente da cor e aparência do Vinho, aroma/bouquet, sabor e final e por último da sua qualidade como um todo e potencial de envelhecimento.

A sua simplicidade e flexibilidade (com 50 possíveis pontuações diferentes) levou a que fosse adotada por outras publicações.

A Robert Parker Wine Advocate afirma que são bastante exigêntes em relação aos vinhos e às pontuações atribuídas. Estas devem ser vistas apenas como complemento das notas de prova que, afirmam, é a forma principal de comunicar as qualidades de um vinho provado.

O Único vinho Português com 100 pontos pelo próprio Robert Parker Jr. foi o Taylors Vintage 1992. De resto mais 8 vinhos tiveram a nota máxima pela Robert Parker Wine Advocate (mas por outros críticos que não o Robert Parker jr.)

Em Relação aos vinhos não fortificados os mais pontuados têm 98 pontos e são o Curriculum Vitae 2016 e o Quinta do Crasto Maria Teresa 2019.

O SIGNIFICADO:
96-100: Um vinho extraordinário de um carácter profundo e complexo, exibindo todos os atributos esperados de um vinho Clássico desta variedade.
90-95: Um vinho fora do comum, com uma excecional complexidade e carácter. De forma resumida são vinhos fantásticos
80-89: Um pouco acima da Média a Muito Bom. Vinho que apresenta vários graus de finesse, sabor e carácter sem apresentar falhas notórias.  
70-79: Um vinho “médio” que não se distingue, apesar de não ter defeitos graves. Na sua essência um  vinho simples, inócuo.
60-69: Um vinho abaixo da media, tendo falhas percetíveis como excesso de acidez e/ou taninos, ausência de sabor ou possíveis maus aromas ou sabores  
50-59: Um vinho Inaceitável

Significado dos Símbolos nas pontuações

(95-97) Um parêntesis indica um vinho provado em Barril
95+ Um mais no final da pontuação significa que se espera que o vinho evolua bem e que possa garantir uma pontuação ainda mais elevada
? Um ponto de interrogação significa que o vinho deveria ser provado mais vezes para ter uma pontuação final mais “segura” seja por defeito da garrafa provada, seja porque o estado de evolução do vinho ainda é muito uma incógnita.

Recomendação World Top Wines Sobre A Robert Parker Wine Advocate

É a publicação a ter em conta quando queremos investir, pois trata-se da publicação mais influente nos preços dos vinhos em termos internacionais. Nos grandes vinhos internacionais, uma pontuação muito alta como 98 ou 99 têm um efeito positivo no seu preço, mas apenas os 100 Pontos é que tem sido o garante de uma muito boa valorização.

Em Portugal os vinhos do Porto seguem a tendência internacional, mas nos vinhos tranquilos um 98 já significa uma valorização significativa (como aconteceu com o C.V. 2016).

O crítico responsável por Portugal é Mark Squires que coleciona fama de ser conservador nas pontuações atribuídas, nunca tendo atribuído notas superiores a 98 sem ser em vinhos fortificados apesar de ser o crítico responsável em avaliar vinhos de Portugal, Grécia, Israel, Líbano, o Leste da Europa e a Costa Leste dos E.U.A. e de já superar as 22.000 notas de prova nesta publicação.

Apesar de RP90 poder parecer uma pontuação menos boa, isso não corresponde à verdade. Especialmente sob a batuta de Mark Squires. Por isso tenha isso em mente quando escolhe um vinho. Um vinho de RP90 por 10€ tenderá a ser uma excelente compra.

Respeito pelos direitos de Autor

A World Top Wines tem uma Assinatura Comercial válida da RobertParker.com, que lhe dá permissão legitima de usar as notas de prova, pontuações e selos oficiais de pontos para a promoção dos seus vinhos. Quando um vinho é pontuado várias vezes privilegiamos o uso da critica mais recente.
Para mais informação visitar https://www.robertparker.com/

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